O lado bom da vida - Matthew Quick

Título original: The Silver Linings Playbook
Autor: Matthew Quick
Editora: Intrínsceca
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Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele "lugar ruim", Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. Uma história comovente e encantadora, de um homem que não desiste da felicidade, do amor e de ter esperança.

Bom, quando li a última página desse livro a primeira coisa que pensei foi "Como vou começar a resenha?". Eu ainda não tenho certeza se gostei ou não do livro. Sabe quando você lê um livro, no fim fica meio sem reação, e só depois de uns dias descobre se gostou ou não? É assim que estou me sentindo em relação a ele.
Pat me lembrou muito a Charlie de As vantagens de ser invisível, talvez por serem mentalmente instáveis, ou como eles descrevem as coisas, eu realmente não sei, achei os dois bem parecidos. E como em As vantagens de ser invisível, eu ainda não sei se gosto desse livro (com o livro de Stephen só fui descobrir que gostei dele depois do filme).
Enfim, voltando a resenha, Pat acaba de sair de uma instituição psiquiátrica e vai viver com os pais em Nova Jersey. Ele tenta se tornar uma pessoa melhor do que era antes de ir para o "lugar ruim", que é como ele chama a instituição, para que o seu "tempo separados" de sua mulher, Nikki, termine mais rapidamente. Ele não se lembra de nada do que aconteceu para ser mandado para lá.
No início do livro, Pat está fazendo uma série de exercícios e é interrompido pela mãe, comunicando-o de que ele começará a ir ao terapeuta. Na sala de espera, Pat tem uma crise de raiva, ao ouvir uma música de Kenny G e quase destrói a sala, porém esse ódio por KG só explicado muito depois. Ele tem sua consulta e acaba gostando dela e de seu terapeuta, Cliff, um indiano baixinho.
Pat tenta ficar com um corpo sarado, pois sua mulher Nikki gosta de homens assim, e em uma de suas corridas ele revê o seu melhor amigo, Ronnie e ele depois o chama para um jantar em sua casa. E é nesse jantar que ele conhece Tiffany, cunhada de Ronnie que acaba de perder o marido. Por incrível que pareça, eles acabam se tornando amigos, mesmo que no início Pat não queira ser amigo dela.
Pat tem um relacionamento muito difícil com o pai, na verdade, todos da casa tem um relacionamento difícil com ele, desde sua esposa e seu outro filho, Jake. O humor de seu pai se baseia no histórico de vitórias da coisa mais sagrada para ele e seus filhos Pat e Jake, o time de futebol americano E-A-G-L-E-S! EAGLES!
Quando o time perde, ele se torna muito mal-humorado e se tranca no escritório, ignorando a existência de sua esposa e de Pat.

Spoilers

Como gostei dessa tática em Quem é você, Alasca ? resolvi usá-la de novo, e seria muito legal se vocês opinassem nos comentários (indireta direta), para eu saber se vocês gostam que eu faça isso ou não. Enfim, continuando a resenha...
Durante o livro, Tiffany faz uma proposta a Pat, se ele ajudar ela a ganhar um concurso de dança, ela pode ser um elo para ele e Nikki se comunicarem. Pat acaba por aceitar, pois Tiffany explica durante sua proposta, que quando ele foi internado, Nikki pediu uma ordem de restrição para ele e sua mãe fez o mesmo pedindo uma ordem de restrição para ela, alegando que isso poderia prejudicar sua saúde mental. Mas, tem um porém, para que ela o treine para ganharem o concurso ele tem que deixar de lado o seu tão amado Eagles.
Após isso, acontecem muitas reviravoltas, mas por fim, acho que foi uma boa leitura. Daqui alguns dias vou ter certeza, e logo farei a resenha do filme para vocês saberem o que eu acho. Como sempre, vou deixá-los com uma das minhas citações favoritas, que aliás, vocês vão ler/ver muito.

"Quando eu levanto as mãos e digo “Ahhhhhhhhhhhhh!”, nós quatro começamos a cantar, soletrando rapidamente as letras com nossos braços e corpos —“E!-A!-G!-L!-E!-S! EAGLES!” —, estendendo dois braços e uma perna para fazer um E, tocando as pontas dos dedos acima de nossas cabeças para fazer um A, e assim por diante."

P.S. Esse livro conta spoilers de muitos outros, por isso vou deixar aqui a lista dos livros citados, para aqueles que não gostam de spoilers leiam antes ;)

1. A Letra Escarlate - Nathaniel Hawthorne
2. O Grande Gatsby - F. Scott Fitzgerald
3. A Redoma de Vidro - Sylvia Plath
4. As Aventuras de Huckleberry Finn - Mark Twain
5. O Apanhador no Campo de Centeio - J.D. Salinger
6. O Adeus às Armas - Ernest Hemingway 

- Isa